https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/issue/feed Revista Portuguesa de Hipertensão e Risco Cardiovascular 2025-01-27T15:41:28-08:00 Open Journal Systems https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/153 Hipertensão Arterial – Vigilância E Rastreio De Lesão De Órgão-Alvo 2025-01-18T06:25:51-08:00 Tatiana Bento tatianabento@sapo.pt Raquel Landeiro Ana Carolina Marques Raquel Paz Mariana Miranda <div> <div><strong>Introdução</strong>: A hipertensão arterial (HTA) é definida como pressão arterial (PA) sistólica no consultório ≥140 mmHg e/ou PA diastólica ≥90 mmHg. Tem uma prevalência global em adultos de 30-45% e é considerada a principal causa evitável de doença cardiovascular e mortalidade por todas as causas. A HTA pode provocar alterações estruturais ou funcionais em órgãos major, que se denominam lesão de órgão mediada pela HTA (LOMH). Está recomendado realizar investigação de rotina de LOMH em todos os hipertensos através de estudo analítico [hemograma, glicemia em jejum e/ou hemoglobina glicada (HbA1c), ficha lipídica, ionograma, ácido úrico, creatinina, função hepática, ratio albumina/creatinina] e eletrocardiograma.</div> <br /> <div><strong>Objetivo</strong>: Avaliar a prevalência de doentes com diagnóstico de hipertensão arterial de uma unidade de saúde familiar (USF) com avaliação de PA sistólica e diastólica, índice de massa corporal (IMC) e estudo analítico.</div> <br /> <div><strong>Materiais e Métodos</strong>: Estudo observacional descritivo transversal, em utentes inscritos na USF com diagnóstico de HTA em Setembro/2023. Analisaram-se variáveis como o sexo, idade, PA sistólica e diastólica, IMC, creatinina, microalbuminúria, colesterol total, colesterol low-density lipoprotein (LDL), colesterol high-density lipoprotein (HDL), triglicéridos e HbA1c com resultado em 2022/2023. Os dados foram recolhidos dos programas MIM@UF e SClínico® e analisados no Excel2013®.</div> <br /> <div><strong>Resultados</strong>: Obtiveram-se 6671 utentes com o diagnóstico de HTA, 55,5% (n=3702) do sexo feminino, com média de idades de 70,1 anos. Destes, 96,2% (n=6417) tinha avaliação de PA sistólica e diastólica, e 88,2% (n=5881) tinha avaliação de IMC. Quanto à avaliação laboratorial, 85,6% (n=5710) tinha registo de colesterol LDL, 88,9% (n=5928) de colesterol total, 87,2% (n=5814) de colesterol HDL, 87,3% (n=5824) de triglicéridos, 87,9% (n=5866) de creatinina, 65,5% (n=4367) de microalbuminúria e 43,8% (n=2920) de HbA1c.</div> <br /> <div><strong>Discussão e Conclusão</strong>: Verificou-se que 34,4% dos utentes da USF tem diagnóstico de HTA, sendo que a maioria realizou a investigação considerada necessária. A PA foi avaliada em mais utentes do que o IMC, pelo que será importante reforçar este parâmetro, para melhor controlo deste fator de risco. Quanto ao estudo laboratorial, a microalbuminúria foi a análise menos realizada.</div> </div> 2025-01-27T00:00:00-08:00 Direitos de Autor (c) 2025 Tatiana Bento https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/154 Estudo Da Prevalência Da Hipertensão Arterial Em Crianças E Adolescentes Na Região De Lisboa E Vale Do Tejo 2025-01-18T06:29:55-08:00 Carla Simão Joana Glória joanaficg@gmail.com Sara Torres Oliveira Sofia Deuchande Margarida Abranches Susana Correia Paula Nunes Filomena Teodoro Duarte Saraiva Carmen Ferreira Liliana Rocha Ana Teixeira Paula Oliveira Patrícia Mendes Raquel Santos <div> <div><strong>Introdução</strong>: A hipertensão arterial (HTA) é um fator de risco importante de doença cardiovascular (DCV) em qualquer idade. Estima-se uma prevalência na criança de 3-5%. O conhecimento da sua prevalência permite adequar medidas de controlo, tratamento e prevenção, procurando diminuir a morbilidade e mortalidade associadas à DCV.</div> <br /> <div><strong>Objetivos</strong>: Avaliar a prevalência da HTA em crianças e adolescentes em idade escolar e o efeito de variáveis sociodemográficas e somatométricas no perfil tensional.</div> <br /> <div><strong>Metodologia</strong>: Estudo multicêntrico, observacional, prospetivo e transversal que decorreu entre 2016 e 2019. Amostra com crianças entre os 6 e 18 anos, residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo. Realizada medição da pressão arterial (PA) pelo método oscilométrico, em ambiente escolar. A classificação do perfil tensional em PA normal, PA elevada (PAE) e hipertensão arterial (HTA), baseou-se nos critérios da ESH-2016. Registados género, idade, raça, escolaridade, peso e estatura. Realizada análise estatística descritiva.</div> <br /> <div><strong>Resultados</strong>: Participantes: 1245 crianças, 215 participantes entre os 6-10 anos (17%); 720 entre 11-15 anos (58%) e 310 com 16 -18 anos (25%). Caucasianos: 88%; género feminino: 635 (51%). Registaram-se 16% com excesso de peso e 7% de obesos. A prevalência de HTA é de 8,4% e de PAE 12,8%. Registaram-se entre os 6-10 anos 5,6% de casos de HTA; 11-15 anos: 8,6% e 16-18 anos: 10%. Nos rapazes 10,5% tinham HTA (vs F.6,5%-p&lt;0,001). Na raça caucasiana 8,7% apresentavam HTA, 6% na raça negra e 5,9 % entre asiáticos. As crianças com excesso de peso ou obesidade apresentaram valores mais elevados de HTA, 17% e 26% respetivamente.</div> <br /> <div><strong>Discussão/Conclusão</strong>: A prevalência de HTA é elevada (8,4%) e aumenta com a idade, género masculino e nível de escolaridade mais avançado. Excesso de peso e obesidade contribuem para o aumento dos casos de HTA.</div> </div> 2025-01-27T00:00:00-08:00 Direitos de Autor (c) 2025 Carla Simão https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/155 Pressão Em Alta, Controlo Em Baixa: O Lado Desafiador De Uma Hipertensão Arterial Resistente 2025-01-18T06:32:20-08:00 Mariana Caetano Coelho marianalcc.coelho@gmail.com Adriana Silva Margarida Figueiredo Sofia Paula <div> <div>A hipertensão arterial constitui um fator de risco cardiovascular altamente prevalente na população global. Não obstante, uma parcela significativa de doentes não consegue atingir os níveis adequados de pressão arterial para o efetivo controlo do risco, desafiando a prática médica. A hipertensão resistente é identificada quando o doente mantém níveis de pressão arterial acima do valor recomendado, mesmo com a utilização concomitante de três medicamentos anti-hipertensores em doses otimizadas, sendo um deles um diurético. Este caso clínico vem demonstrar um caso de hipertensão arterial resistente e as várias abordagens terapêuticas utilizadas no controlo tensional.</div> </div> 2025-01-27T00:00:00-08:00 Direitos de Autor (c) 2025 Mariana Caetano Coelho https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/156 Uma Causa Rara De Assimetria Na Pressão Arterial 2025-01-18T06:34:52-08:00 Raquel Susana Vilas Boas Oliveira raquelvb.oliveira@gmail.com Raquel Ervalho Andreia Mandim <div> <div>A constatação de assimetria na pressão arterial entre membros exige exclusão de vários diagnósticos. Uma forma rara de apresentação pode ocorrer nas vasculites, caracterizadas por inflamação e necrose da parede de vasos sanguíneos, podendo resultar em estreitamento ou oclusão dos seus lúmens.</div> <div>Apresenta-se o caso de uma mulher de 67 anos referenciada a consulta por apresentar episódios transitórios de hipotensão por vezes com tonturas associadas. Ao exame objetivo, constatada assimetria na pressão arterial dos membros superiores relativamente aos inferiores.</div> <div>Do estudo efetuado destaque para elevação analítica dos marcadores inflamatórios e angioTC a evidenciar aortite extensa desde aorta ascendente até à bifurcação das artérias ilíaca e ecodoppler dos vasos do pescoço e membros superiores com espessamento da parede média-intima nos eixos carotideos, artérias temporais superficais e axilares, sem estenose significativas. Após exclusão de outras causas inflamatórias e não inflamatórias, foi assumido como diagnóstico mais provável arterite de células gigantes, tendo iniciado corticoterapia, com pulsos de metilprednisolona e posteriormente prednisolona 1mg/Kg. As vasculites são um dos maiores desafios diagnósticos na medicina, pela sua apresentação clínica inespecífica, por vezes insidiosa, o que pode atrasar o seu reconhecimento e consequente tratamento.</div> </div> 2025-01-27T00:00:00-08:00 Direitos de Autor (c) 2025 Raquel Susana Vilas Boas Oliveira https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/157 Editorial 2025-01-18T10:51:56-08:00 J. Braz Nogueira 2025-01-27T00:00:00-08:00 Direitos de Autor (c) 2025 J. Braz Nogueira