https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/issue/feedRevista Portuguesa de Hipertensão e Risco Cardiovascular2024-10-18T09:57:57-07:00Open Journal Systemshttps://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/87Melhoria Da Medição Da Tensão Arterial Em Consultório Através De Uma Intervenção Formativa Nos Cuidados De Saúde Primários2023-06-03T07:28:38-07:00Rute Rocharutedmrocha@gmail.comNuno Rodrigues<div> <div><strong>Introdução</strong>: O diagnóstico da hipertensão pressupõe a medição da pressão arterial, um dos gestos clínicos mais frequentemente executado e subvalorizado. Sendo a pressão arterial um fenómeno hemodinâmico variável, existem vários fatores que podem alterar os valores obtidos, pelo que deve existir um esforço com vista à uniformização da sua medição pelos profissionais de saúde. De facto, a utilização de valores imprecisos pode ter consequências para o doente, uma vez que os valores utilizados para diagnóstico poderão corresponder a uma classificação incorreta da hipertensão arterial.</div> <br /> <div><strong>Material e métodos</strong>: Neste estudo, motivado por uma análise qualitativa prévia dos registos de pressão arterial (5704 utentes) da unidade de saúde, indicadora de possíveis erros sistemáticos, avaliamos a performance dos profissionais no gesto clínico de medição da pressão arterial e implementamos uma estratégia de atuação formativa. Numa primeira fase, a performance dos profissionais de saúde foi aferida através do preenchimento de uma grelha de 16 parâmetros (n = 37). Numa segunda fase, já após a intervenção educativa, foi avaliada novamente a performance aplicando a mesma grelha, em 2 momentos distintos (n= 36 e 88, respetivamente). Finalmente, foram também recolhidos os registos de pressão arterial dos três anos que sucederam a intervenção formativa e analisados qualitativamente (n =5535).</div> <br /> <div><strong>Resultados</strong>: Os resultados apresentados sugerem uma melhoria estatisticamente significativa na performance dos profissionais no primeiro momento de avaliação após a formação. No segundo momento de avaliação os dados apontam para um ligeiro declínio da performance mas sem diferença estatisticamente significativa. Por outro lado, observando os registos históricos da unidade em 2 períodos espaçados de 3 anos aprecia-se qualitativamente uma melhoria dos registos apresentados.</div> <br /> <div><strong>Conclusões</strong>: Os dados obtidos confirmam a necessidade de valorização do gesto de medição de pressão arterial de forma a evitar erros sistemáticos, apontando para a pertinência de formação e treino contínuos desta competência básica.</div> </div>2024-10-18T00:00:00-07:00Direitos de Autor (c) 2024 Rute Rocha, Nuno Rodrigueshttps://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/105Literacia Em Saúde - Estudo Observacional Numa Unidade Integrada De Insuficiência Cardíaca2023-10-21T01:26:39-07:00Mafalda Corrêa Figueiramafaldacfigueira@me.comCrisálida FerreiraAna Rita SousaJoana SimõesMargarida Lopes MadeiraHugo de Barros ViegasSara GonçalvesErmelinda Pedroso<div> <div><strong>Introdução</strong>: A literacia em saúde, melhor descrita atualmente através do modelo conceitual integrado de Sorensen, é um tema central das políticas de saúde atuais pelo seu impacto nos resultados e nos custos deste setor. Níveis baixos de literacia em saúde influenciam a abordagem de doenças crónicas e interferem na sua prevenção, contribuindo para uma maior prevalência de fatores de risco cardiovascular.</div> <br /> <div><strong>Material e métodos</strong>: Estudo observacional, que visa caracterizar uma população de doentes seguidos numa unidade integrada de insuficiência cardíaca quanto ao nível de literacia em saúde através da aplicação do questionário Europeu de literacia em saúde. Os dados sociodemográficos, económicos e geográficos foram colhidos através da consulta de processo clínico, consulta telefónica e da aplicação da escala de suporte social de Oslo. O processamento de dados foi feito utilizando o Microsoft Office Excel.</div> <br /> <div><strong>Resultados</strong>: Grupo de 48 doentes, com uma média de idades de 65,5 anos e no qual 69% eram do género masculino. Dois terços da amostra tinham índices de literacia problemáticos ou inadequados. Constatou-se uma maior prevalência de níveis baixos de literacia em saúde nos grupos com menor suporte social, cujo rendimento mensal era inferior ao salário mínimo nacional, que residiam a maiores distâncias do hospital e que tinham menor número de consultas.</div> <br /> <div><strong>Discussão e Conclusão</strong>: Os resultados foram ao encontro do que se encontra descrito na literatura, à exceção da relação entre melhores níveis de literacia em saúde e uma maior utilização dos serviços de saúde, o que poderá refletir a educação para a saúde realizada na Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca e que corrobora a importância dos Serviços e dos profissionais no aumento da literacia em saúde da população que serve.</div> </div>2024-10-18T00:00:00-07:00Direitos de Autor (c) 2024 Mafalda Corrêa Figueira, Crisálida Ferreira, Ana Rita Sousa, Joana Simões, Margarida Lopes Madeira, Hugo de Barros Viegas, Sara Gonçalves, Ermelinda Pedrosohttps://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/137Hipertensão Arterial E Suas Comorbilidades E Complicações Numa USF2024-10-11T07:50:47-07:00Tatiana Bentotatiana.bento@arslvt.min-saude.ptAna Carolina MarquesRaquel PazRaquel Landeiro<div> <div><strong>Introdução</strong>: A hipertensão arterial (HTA) caracteriza-se por pressão arterial ≥140 mmHg e/ou PA diastólica ≥90 mmHg, tendo uma prevalência de 30-45% e sendo considerada um dos fatores de risco mais frequentes em Portugal. É a principal causa evitável de doença cardiovascular e mortalidade por todas as causas, e fator de risco para acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca (IC), enfarte agudo do miocárdio (EAM), doença renal crónica (DRC), fibrilhação auricular (FA) e doença arterial periférica (DAP). A HTA associa-se frequentemente a outros fatores de risco cardiovascular, como dislipidemia e intolerância à glicose. Assim, considerou-se pertinente avaliar a prevalência de HTA e suas comorbilidades/complicações na unidade de saúde familiar (USF). Objetivo: Avaliar a prevalência do diagnóstico de vários problemas nos doentes com HTA numa USF, como excesso de peso, obesidade, dislipidemia, diabetes mellitus (DM), DRC, tabagismo, IC, FA, EAM, AVC, DAP e perturbação do sono.</div> <br /> <div><strong>Material e Métodos</strong>: Estudo observacional descritivo, em utentes inscritos na USF com diagnóstico de HTA em Setembro/2023. Analisaram-se variáveis como sexo, idade e várias comorbilidades (excesso de peso, obesidade, dislipidemia, DM, DRC, tabagismo, IC, FA, EAM, AVC, DAP e perturbação do sono). Os dados foram recolhidos dos programas MIM@UF e SClínico® e analisados no Excel2013®.</div> <br /> <div><strong>Resultados</strong>: Obtiveram-se 6671 utentes com o diagnóstico de HTA (34,4% dos utentes da USF), 55,5% (n=3701) do sexo feminino e 44,5% (n=2969) do sexo masculino, com média de idades de 70,1 anos. Destes, 48,5% (n=3234) tem excesso de peso e 33,9% (n=2259) tem obesidade. Como comorbilidades, 64,3% (n=4290) tem dislipidemia, 31,8% (n=2123) DM, 15,9% (n=1059) DRC, 15,2% (n=1016) perturbação do sono, 7,4% (n=492) FA, 6,6% (n=439) tabagismo, 5,3% (n=354) IC e 4,9% (n=324) DAP. Como complicações: EAM em 8,4% (n=562) e AVC em 7,3% (n=487).</div> <br /> <div><strong>Discussão e Conclusão</strong>: A maioria dos utentes com HTA tem peso acima do normal e a comorbilidade mais prevalente é dislipidemia. Estes dados apontam para a importância de abordar a implementação de um estilo de vida saudável. Quanto à prevalência de IC, apenas 5% dos hipertensos tem o diagnóstico, no entanto, parece ser um problema subdiagnosticado.</div> </div>2024-10-18T00:00:00-07:00Direitos de Autor (c) 2024 Tatiana Bento, Ana Carolina Marques, Raquel Paz, Raquel Landeirohttps://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/138Hipertensão Maligna: Um Quadro Inaugural Com Pres Atípico2024-10-11T07:52:43-07:00Francisco Guimarãesfrancisco.guimaraes@jmellosaude.ptNataliya PolishchukLuísa Fraga FontesInês Ladeira FigueiredoCláudia Almeida Martins<div> <div>Casos de hipertensão arterial com inauguração súbita em quadros neurológicos não são incomuns, sendo uma importante causa de morbilidade e mortalidade na população, correspondendo a 0.5% dos casos nos serviços de urgência médica e 35.9% dos quadros hipertensivos em contexto de urgência1, devendo por isso ser antecipadamente reconhecidos e controlados de forma a prevenir novos eventos. Estes podem estar associados a quadros neurológicos, sendo a queixa mais comum a cefaleia, de intensidade constante, causa de despertar noturno e em casos de emergência manifestar-se como alterações neurológicas agudas nomeadamente perda de visão, hemiparesia ou alteração do estado de consciência, as quais requerem intervenção imediata de forma a evitar que estes eventos temporários se tornem permanentes.</div> <div>Este caso demonstra que, com a abordagem estruturada e sistematizada poder-se-á reverter quadros que sem tratamento levariam certamente à morte do doente e a importância do seguimento pós evento de forma a evitar novos episódios com a otimização terapêutica e investigação de possíveis causas secundárias que permaneciam não diagnosticadas.</div> </div>2024-10-18T00:00:00-07:00Direitos de Autor (c) 2024 Francisco Guimarães, Nataliya Polishchuk, Luísa Fraga Fontes, Inês Ladeira Figueiredo, Cláudia Almeida Martinshttps://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/143Carta ao editor relativa ao artigo «Do conhecimento à prática clínica: quando os conceitos de prevalência e controlo tensional exigem uma definição rigorosa da população alvo»2024-10-13T12:24:40-07:00Rosa de PinhoHeloísa RibeiroPedro DamiãoFernando Martos Gonçalves2024-10-18T00:00:00-07:00Direitos de Autor (c) 2024 Rosa de Pinho, Heloísa Ribeiro, Pedro Damião, Fernando Martos Gonçalveshttps://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/144Editorial2024-10-17T08:51:27-07:00J. Braz Nogueira2024-10-18T00:00:00-07:00Direitos de Autor (c) 2024 J. Braz Nogueira