LITERACIA EM SAÚDE DOS UTENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL

Autores

  • Carlos Miguel Gaiola Mingote Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), Portugal
  • Cláudia Marisa Vicente Conceição Mingote Mestre e Especialista em Enfermagem Comunitária, CHUCB
  • Eduardo António Ferreira Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, CHUCB
  • Miguel Castelo-Branco Sousa Médico Sénior do CHUCB. Especialista em Medicina Interna e Medicina Intensiva e titular da Competência de Emergência; Medicina, Professor Catedrático, Faculdade de Ciências da Saúde-Universidade da Beira Interior
  • Manuel Carvalho Rodrigues Assistente Hospitalar de Cardiologia; CHUCB; Professor Assistente Convidado, Faculdade de Ciências da Saúde-Universidade da Beira Interior

DOI:

https://doi.org/10.58043/rphrc.113

Palavras-chave:

Doença Crónica, Hipertensão Arterial, Literacia em Saúde

Resumo

Enquadramento: As doenças crónicas não transmissíveis são consideradas um dos maiores problemas e desafios de saúde pública, dentro das quais se inclui a Hipertensão Arterial. Trata-se do fator de risco de doença cardiovascular com maior prevalência. Pelo seu caracter silencioso e assintomático, os hipertensos revelam dificuldades de adesão ao tratamento, que se traduz num ineficaz controlo dos níveis de pressão arterial, potenciando o surgimento de complicações relacionadas com a morbidade e mortalidade cardiovascular. Neste sentido, tem vindo a ser destacada a importância de uma literacia em saúde adequada, para aumentar o conhecimento e compreensão da doença e processo terapêutico, com enfoque particular no controlo dos fatores de risco, alteração de comportamentos e estilos de vida e na promoção da adesão ao tratamento. Objetivos: Conhecer o nível de LS dos utentes que frequentam uma consulta aberta de HTA na Região Centro. Métodos: Estudo não experimental de natureza quantitativa, de tipo descritivo-correlacional e transversal, realizado numa amostra não probabilística, de conveniência, constituída por 39 utentes que frequentam uma consulta aberta de HTA. Para avaliar o nível de Literacia em Saúde utilizouse o Questionário Europeu de Literacia para a Saúde Health Literacy Survey in Portuguese (HLS-EU-PT), validado por Saboga-Nunes e Sørensen em 2013. Para o tratamento estatístico utilizou-se o programa de tratamento estatístico Statistical Package for the Social Science (SPSS), na versão 28. Resultados: Os utentes são maioritariamente (53,8%) do sexo masculino, com média de idades de 57,5 anos, casados (69.2%), empregados (59.0%), com habilitações literária de 1o e 3o ciclos (25.6%) e residentes no meio urbano (64,1). Observou-se que 84,6% da população apresenta um nível de “Literacia em Saúde geral” problemático ou inadequado e apenas 2.6% apresenta um nível excelente, sendo os resultados mais preocupantes na dimensão “Promoção da Saúde” em que 87,2% apresenta uma literacia limitada. Conclusão: Estes resultados apontam para a necessidade de governo, entidades de saúde e profissionais de saúde, continuarem a investir em estratégias que promovam a literacia em saúde, com vista ao empowerment dos cidadãos, de modo a torná-los mais ativos na manutenção e melhoria da sua saúde e melhorar a gestão da sua doença.

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Publicado

2024-01-28

Como Citar

1.
Gaiola Mingote CM, Vicente Conceição Mingote CM, Ferreira EA, Castelo-Branco Sousa M, Carvalho Rodrigues M. LITERACIA EM SAÚDE DOS UTENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL. RH [Internet]. 28 de Janeiro de 2024 [citado 21 de Dezembro de 2024];(99):10-21. Disponível em: https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/113

Edição

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