TROMBOEMBOLISMO PULMONAR NUMA JOVEM: A IMPORTÂNCIA DOS FATORES DE RISCO

Autores

  • Tatiana Bento Interna de Formação Específica em Medicina Geral e Familiar; USF Vale do Sorraia, Portugal
  • Mariana Santos Miranda Interna de Formação Específica em Medicina Geral e Familiar; USF Vale do Sorraia, Portugal
  • Raquel Landeiro Especialista em MGF; USF Vale do Sorraia, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.58043/rphrc.130

Palavras-chave:

tromboembolismo pulmonar, D-dímeros, angiotomografia computorizada pulmonar, fatores de risco, anticoagulação

Resumo

Introdução: O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma patologia potencialmente grave, que pode ser fatal e ter complicações. Como fatores de risco destacam-se: imobilização, obesidade, tabagismo, neoplasia, gravidez, entre outros. Clinicamente manifesta-se por dor torácica pleurítica, taquicardia e dispneia. A angiotomografia computorizada (angioTC) pulmonar é o método de eleição para confirmar o diagnóstico, mas frequentemente é realizado estudo analítico prévio, com doseamento de D-Dímeros. A terapêutica depende da estabilidade hemodinâmica do doente. Geralmente todos necessitam de anticoagulação.
Descrição do Caso Clínico: Doente do sexo feminino, 45 anos, autónoma, antecedentes de hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade, tromboflebite poplítea à direita, trombose venosa profunda do membro inferior direito, insuficiência venosa dos membros inferiores, medicada com lisinopril, atorvastatina e contracetivo oral combinado (COC). Observada em consulta aberta no centro de saúde por toracalgia pleurítica à esquerda de início súbito, sem fatores de alívio. À observação: eupneica, SpO2 98%, PA 150/95 mmHg, FC 105 bpm, assimetria dos membros inferiores (sequelar). Cálculo do score de Wells 6 pontos (probabilidade moderada de TEP). Referenciada ao serviço de urgência (SU) por suspeita de TEP. No SU realizou estudo analítico com elevação de D-dímeros pelo que fez angioTC pulmonar que revelou “sinais evidentes de TEP à esquerda em ramos segmentares, à direita oclui parcialmente a artéria pulmonar a montante da sua bifurcação”, pelo que ficou internada por TEP bilateral. No internamento iniciou anticoagulação com apixabano, tendo tido alta com esta medicação durante 6 meses e recomendação para suspender COC.
Conclusão: Salienta-se a importância de suspeitar do diagnóstico de TEP, com base na clínica, que pode ser inespecífica, e nos fatores de risco, mesmo em doentes jovens, e referenciar estes casos ao SU. Esta doente tinha antecedentes de tromboembolismo venoso (TEV), mas não cumpriu as recomendações (suspender COC e controlo dos fatores de risco cardiovascular). É fundamental, em todas as consultas, incentivar um estilo de vida saudável e, nestes doentes, recomendar o uso de meias de contenção elástica. No caso desta doente, é também essencial apresentar-lhe os métodos contracetivos alternativos e apoiá-la na escolha.

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Referências

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Toplis, E. & Mortimore, G. The diagnosis and management of pulmonary embolism. (2020).

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Publicado

2024-06-10

Como Citar

1.
Bento T, Santos Miranda M, Landeiro R. TROMBOEMBOLISMO PULMONAR NUMA JOVEM: A IMPORTÂNCIA DOS FATORES DE RISCO. RH [Internet]. 10 de Junho de 2024 [citado 6 de Dezembro de 2024];(101):32-6. Disponível em: https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/130

Edição

Secção

Caso Clínico