APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE PRINCETON EM HOMENS COM DISFUNÇÃO ERÉTIL NUMA UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR: UM ESTUDO OBSERVACIONAL DESCRITIVO
DOI:
https://doi.org/10.58043/rphrc.189Palavras-chave:
Disfunção Erétil, Doenças Cardiovasculares, Fatores de Risco, Cuidados de Saúde Primários, Estudos TransversaisResumo
Introdução: Utentes com Disfunção Erétil, que pretendem iniciar ou retomar a atividade sexual, apresentam alta prevalência de Doenças cardiovasculares, daí a importância de estratificar o seu risco cardiovascular e, posteriormente, identificar a necessidade de avaliação adicional, através das diretrizes do Consenso de Princeton IV.Objetivos: Verificar o cumprimento dos critérios de Princeton nos utentes com Disfunção Erétil na Unidade de Saúde Familiar da Barquinha, caracterizar os seus fatores de risco cardiovasculares e comparar a prevalência diagnóstica de Disfunção Erétil entre listas de utentes da mesma unidade.
Materiais e métodos: Estudo transversal, observacional e descritivo. Obteve-se a lista de utentes com o Diagnóstico de Disfunção Erétil na Unidade de Saúde Familiar Barquinha, codificado como um problema ativo através do Y07 – Impotência (Classificação ICPC-2) e, após o processo de recrutamento e obtenção do consentimento informado, constituiu-se a dimensão final da amostra de 35 utentes.
Resultados: A idade média ao diagnóstico é de 61,4 ± 11,7 anos, sendo que 88,6% apresentam ≥ 50 anos. Destaca-se que 57,1% pertencem à Lista A, 2,9% à Lista B, 8,6% à Lista C e 31,4% encontram-se sem Médico de Família. Aquando do diagnóstico de Disfunção Erétil, a maioria dos utentes (65,7%) apresenta mais de 3 Fatores de Risco Cardiovasculares. Os Fatores de Risco Cardiovasculares mais prevalentes são: Excesso de peso/Obesidade (82,9%), Dislipidemia (77,1%) e Hipertensão arterial (57,1%). Em relação aos critérios de Princeton, estes foram cumpridos em 27 utentes (77,1%), sendo que a maioria pertence à lista A.
Conclusão: Os resultados reforçam que doentes com Disfunção Erétil apresentam frequentemente vários Fatores de Risco Cardiovasculares. Esta patologia pode ser o primeiro sinal de alerta de futuros eventos Cardiovasculares, pelo que se torna essencial a sua correta abordagem nos Cuidados de Saúde Primários.
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Referências
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