ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E TENSÃO ARTERIAL NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA DA FIGUEIRA DA FOZ - UM ESTUDO MULTICÊNTRICO EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.58043/rphrc.9Palavras-chave:
índice de massa corporal, obesidade pediátrica, tensão arterial, pediatriaResumo
Introdução e Objetivo: Cada vez mais estudos demonstram uma relação entre excesso de peso (EP) e obesidade com a hipertensão arterial (HTA) na infância. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eventual relação entre o índice de massa corporal (IMC) e a tensão arterial (TA) das crianças e adolescentes.
Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico. Recolheram-se dados do processo clínico de utentes entre os 5 e os 17 anos inscritos nas unidades de cuidados de saúde primários da Figueira da Foz. As variáveis recolhidas foram: sexo, data de nascimento, peso, altura, IMC, TA sistólica (TAS) e TA diastólica (TAD). Realizou-se o estudo estatístico descritivo e analítico, com aplicação Odds Ratio (OR).
Resultados: Foram incluídos 2022 jovens, com idade média de 10,5 ± 3,8 anos, sendo 50,3% do sexo masculino. Observou-se que 15,2% tinham obesidade e 14,2% Excesso de Peso (EP). Quanto à TA, verificou-se que 7% apresentavam TA normal alta e 5,6% TA alta. As crianças e jovens com excesso de peso ou obesidade apresentaram um risco significativamente superior de apresentar TA alta, OR de 2,21 (IC 95%, 1,35-3,61) nas crianças com excesso de peso e de 3,55 (IC 95%, 2,26-5,57) nas crianças com obesidade.
Conclusão: Na amostra população estudada, aproximadamente um em cada três jovens tem EP ou obesidade. As crianças e adolescentes com peso excessivo têm maior prevalência de TA elevada, com um risco de 2 a 3 vezes superior. Dado que crianças obesas e hipertensas apresentam um risco acrescido de se tornarem adultos obesos e hipertensos, é importante implementar medidas de prevenção em idades precoces.
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