PROGRAMA DE PRESSÃO ARTERIAL DA BEIRA BAIXA – CONCELHO DE IDANHA-A-NOVA

Autores

  • David Fonseca Instituto Politécnico de Castelo Branco – Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, BSc Student
  • Patrícia Coelho Sport, Health & Exercise Unit (SHERU) | Qualidade de Vida no Mundo Rural (QRural) - Instituto Politécnico de Castelo Branco, PhD
  • Francisco Rodrigues Qualidade de Vida no Mundo Rural (QRural) | Sport, Health & Exercise Unit (SHERU) – Instituto Politécnico de Castelo Branco, PhD

DOI:

https://doi.org/10.58043/rphrc.89

Palavras-chave:

Prevalência, Hipertensão Arterial, Fatores de Risco

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial é apontada como um dos principais fatores de risco relevantes no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo considerada um problema de saúde pública mundial. A elevada prevalência desta patologia, associada a outras complicações, demonstra a importância da realização do presente estudo.

Objetivos: Determinar a prevalência de hipertensos na população adulta e sua relação com os fatores de risco cerebrocardiovasculares.

Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional, transversal, com método de seleção de forma aleatória por clusters. Foram realizadas 3 avaliações de pressão arterial com o indivíduo sentado. Os dados sobre os fatores de risco foram obtidos através a aplicação de um questionário que posteriormente foram tratados e analisados estatisticamente recorrendo ao programa de análise estatística Statistical Package for the Social Science®.

Resultados: Amostra constituída por 961 indivíduos adultos residentes no concelho de Idanha-a-Nova, 48,3% do sexo feminino e 51,7% do masculino, A idade média dos indivíduos inquiridos foi de 58,80±17,005 anos, sendo que 62,1% tinha valores de índice de massa corporal acima dos 25 kg/m2, sendo o fator de risco mais prevalente no concelho estudado os hábitos alcoólicos com 59,9%. Foi encontrada uma prevalência de hipertensão arterial de 46,7%, sendo mais prevalente no sexo masculino (52,74%) e em idades compreendidas entre os 60 e os 69 anos de idade (21,5%).

Discussão: O presente estudo apresenta resultados que convergem com os encontrados em investigações idênticas, em Idanha- a-Nova segundo o estudo PAI, foram encontradas prevalências de hipertensão arterial de 51%, enquanto que no interior do país, segundo o estudo PAP, é de 45,8% e a nível nacional foi registada uma percentagem de 43,1% de indivíduos hipertensos.

Conclusão: Verificou-se prevalências altas de hipertensão arterial no concelho de Idanha-a-Nova, fator preocupante visto a associação com morbimortalidade por doença cardiovascular.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bourbon M, Alves AC, Rato Q. Prevalência de fatores de risco cardiovascular na população portuguesa. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP. 2019;65.

Direção-Geral da Saúde. Informação da DGS No 009/2014. Processo assistencial integrado do risco cardiovascular no adulto. Direção-Geral da Saúde. 2014. 1–84 p.

Bernardes T, Coelho P, Pereira A. Estudo PAI - Estudo da Pressão Arterial em Idanha-a-Nova/Pt. Rev Ibero- Americana Saúde e Envelhec. 2016;1(3):304.

Ana Cristina Santos CA-L. Hipertensão de difícil controle: impacto do estilo de vida Uncontrolled hypertension : impact of lifestyle. Evaluation [Internet]. 2009[cited2020Jan10];16(Suppl1):15–6.Availablefrom: https://www.researchgate.net/publication/239530408_ Hipertensao_de_dificil _controle_impacto_do_estilo_ de_vida_Uncontrolled_hypertension_impact_of_life st yle?fbclid=IwAR31AgAfWCiQELxKGh4dnrOWOb9 Tcch0GGnIdQJZ3iRlEw61e yY2LYkLSN0

Mancia G, Fagard R, Narkiewicz K, Redón J, Zanchetti A, Böh M, et al. de 2013 da ESH/ESC para o Tratamento da Hipertensão Arterial. Rev Port Hipertens e Risco Cardiovasc. 2014;Janeiro/Fe:4:91.

DGS. Abordagem Terapêutica da Hipertensão Arterial. Norma No 026/2011. 2013;026/2011:1–14

Sociedade Portuguesa de Hipertensão. Guias de Bolso de HTA da SPH. Rev Port Hipertens e Risco Cardiovasc [Internet]. 2014;39:2–5. Available from: https://www. sphta.org.pt/files/guias_de_bolso.pdf

Marques da Silva P, Lima MJ, Neves PM, Espiga de Macedo M. Prevalence of cardiovascular risk factors and other comorbidities in patients with hypertension in Portuguese primary health care populations: The PRECISE study. Rev Port Cardiol [Internet]. 2019;38(6):427–37. Available from: https://doi. org/10.1016/j.repc.2018.09.011

PPABB. Programa da Pressão Arterial da Beira Baixa [Internet]. [cited 2022 Apr 5]. Available from: http:// pressaoarterial.ipcb.pt/ppabb.html

Sousa Uva M, Victorino P, Roquette R, Machado A, Matias Dias C. Epidemiological research on the incidence and prevalence of arterial hypertension in the Portuguese population: A scoping review. Rev Port Cardiol [Internet]. 2014;33(7–8):451–63. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.repc.2014.02.012

Carrageta M. Tudo o Que Deve Saber Sobre Hipertensão Arterial. Clube Rei do Coração. 2006;9:12. 12. Maria J, Maurício A. Fatores de Risco Cardiovascular nas Forças de Segurança Pública Revisão. 2016;48.

Correia AF. Revista Portuguesa de Hipertensão e Risco Cardiovascular no 66. Hipertensão Arterial no Idoso: Caracterização de uma amostra de utentes em cuidados de saúde primários. 2018;12–7.

Williams B, Mancia G, Spiering W, Rosei EA, Azizi M, Burnier M, et al. 2018 ESC/ESH Guidelines for the management of arterial hypertension. Eur Soc Cardiol. 2018;39:3021–104.

Instituto Nacional de Estatística. Censos 2011 [Internet]. [cited 2022 Apr 14]. p. 1. Available from: http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos2011_apresentacao

Mancia G, De Backer G, Dominiczak A, Cifkova R, Fagard R, Germano G, et al. 2018 ESC/ESH Guidelines for the management of arterial hypertension. J Hypertens. 2018;39(33):3021–104.

Kong H, West S. Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial. 2013.

Cérebro-Cardiovasculares PN para as D. Para As Doenças Cérebro-Cardiovasculares. DGS. 2017;

Chow CK, Teo KK, Rangarajan S, Islam S, Gupta R, Avezum A, et al. Prevalence, Awareness, Treatment, and Control of Hypertension in Rural and Urban Communities in High-, Middle-, and Low-Income Countries. JAMA - J Am Med Assoc. 2013;310(9):959– 68.

Perdigâo, C., Rocha, E., Duarte, J. S., Santos, A., G Macedo, A. (2011). Prevalence and distribution ofthe main cardiovascular riso factors in Portugal-the ANIALL4 sandy. Rev Port Cardiol, 30(4), 393—432. 21. Nilsson PM. Hemodynamic aging as the consequence of structural changes associated with early vascular aging (EVA) [Internet]. Vol. 5, Aging and Disease. International Society on Aging and Disease; 2014 [cited 2021 Jun 14]. p. 109–13. Available from: https:// pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24729936/

de la Sierra A, Banegas JR, Segura J, Gorostidi M, Ruilope LM; CARDIORISC Event Investigators. Ambulatory blood pressure monitoring and development of cardiovascular events in high-risk patients included in the Spanish ABPM registry: the CARDIORISC Event study. J Hypertens. 2012 Apr;30(4):713-9.

Myat A, Redwood SR, Qureshi AC, Spertus JA, Williams B. Resistant hypertension. BMJ. 2012 Nov 20;345:e7473

Pessuto J, Carvalho EC de. Fatores de risco em indivíduos com hipertensão arterial. Rev Lat Am Enfermagem. 1998;6(1):33–9.

Natsis M, Antza C, Doundoulakis I, Stabouli S, Kotsis V. Hypertension in Obesity: Novel Insights. Curr Hypertens Rev. 2019;16(1):30–6

Simões C.; Coelho P.; Pereira A. Prevalência de Hipertensão Arterial na Cidade de Castelo Branco. Rev Port Hipertens e Risco Cardiovasc [Internet]. 2011;12–7. Available from: https://repositorio.ipcb.pt/ bitstream/10400.11/1171/1/Artigo_final SPH.pdf

Santos, Márcia ; Coelho, Patrícia ; Pereira A. Programa de Pressão Arterial Da Beira Baixa- Concelho Da Covilhã. Soc Port Hipertens. 2020;1–9

Downloads

Publicado

2023-06-10

Como Citar

1.
Fonseca D, Coelho P, Rodrigues F. PROGRAMA DE PRESSÃO ARTERIAL DA BEIRA BAIXA – CONCELHO DE IDANHA-A-NOVA. RH [Internet]. 10 de Junho de 2023 [citado 15 de Maio de 2024];(95):16-24. Disponível em: https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/89

Edição

Secção

Artigo Original