CONTROLO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL – O PAPEL DA GESTÃO DO REGIME TERAPÊUTICO

Autores

  • Ana Maria Batista Barbosa ssistente de Medicina Geral e Familiar, USF Alijó
  • Ana Daniela Teixeira Alves USF Murça
  • Luís Miguel Claudino Gradíssimo USF Murça
  • Vítor Pinto Santos USF Murça

DOI:

https://doi.org/10.58043/rphrc.141

Palavras-chave:

Hipertensão Arterial, Gestão do Regime Terapêutico, Controlo, Idosos

Resumo

Introdução: A HTA é um dos fatores de risco cardiovascular mais prevalente no nosso país e uma grande causa de incapacidade e morbilidade. A sua prevalência na população idosa é muito elevada, sendo também esta mais vulnerável ao risco de polimedicação e de interações medicamentosas. A Gestão do Regime Terapêutico é uma ferramenta disponível no SClínico® e que deve ser aplicada nas consultas de enfermagem.

Objetivos: Determinar o impacto da intervenção a nível do GRT no controlo da HTA na população idosa inscrita na USF Murça.

Métodos: Foram extraídos do MIM@UF os utentes inscritos na USF com idade igual ou superior a 65 anos, com diagnóstico de HTA em 06/2022 e em 06/2023 e os respetivos dados em 2022 e 2023 de TA, IMC e perímetro abdominal registados no SClínico®. A base de dados foi colhida de forma anonimizada no Microsoft Excel® versão 16.79.2. A análise estatística foi realizada no programa IBM® SPSS®.

Resultados: Os doentes não controlados em 2022 correspondiam a 44% do total, tendo diminuído para 21% após as intervenções. Em junho de 2023, a percentagem de utentes controlados ascendia aos 79%. Verificou-se melhoria nos valores de PA em 39% dos utentes apenas com intervenção a nível do GRT, que passaram a estar controlados, diferença esta estatisticamente significativa. Dos utentes não controlados, 93% tinha excesso de peso ou obesidade.

Discussão: Ficou demonstrado o enorme impacto que teve a adoção da avaliação estruturada do GRT nas consultas do doente hipertenso, em que perto de metade dos hipertensos passou a estar controlado apenas com esta intervenção, deixando subentender que uma grande proporção de utentes não se encontra controlado por motivos de falta de adesão à terapêutica.

Conclusões: Trabalhos deste género mostram a importância das medidas não farmacológicas no seu controlo e contribuem para a diminuição da prescrição desnecessária em populações particularmente vulneráveis como são os idosos.

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Referências

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Publicado

2025-06-04

Como Citar

1.
Batista Barbosa AM, Alves ADT, Gradíssimo LMC, Santos VP. CONTROLO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL – O PAPEL DA GESTÃO DO REGIME TERAPÊUTICO. RH [Internet]. 4 de Junho de 2025 [citado 9 de Junho de 2025];(107):10-3. Disponível em: https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/141

Edição

Secção

Artigo Original