FIBRILHAÇÃO AURICULAR: INCIDÊNCIA, PREVALÊNCIA E PERCENTAGEM DE HIPOCOAGULADOS NUMA CONSULTA HOSPITALAR DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DO INTERIOR

Autores

  • Maria Margarida de Carvalho Vilarinho Faculdade de Ciências da Saúde-Universidade da Beira Interior, Portugal
  • Manuel de Carvalho Rodrigues aculdade de Ciências da Saúde-Universidade da Beira Interior, Hospital Pêro da Covilhã - Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.58043/rphrc.35

Palavras-chave:

Fibrilhação auricular, Incidência, Prevalência, Anticoagulação

Resumo

Introdução: A fibrilhação auricular é a arritmia mais frequente na prática clínica, acarretando um aumento da morbilidade e mortalidade global do individuo. Este estudo pretende averiguar a prevalência, incidência, percentagem de anticoagulados e a relação entre esta arritmia e outros fatores.

Métodos: Estudo retrospetivo, descritivo e observacional numa amostra de utentes que frequentaram consultas de Cardiologia e de Hipertensão Arterial do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira durante seis meses em 2019, a través da consulta de processos clínicos no SClínico, a partir do qual foram recolhidos dados como o género, idade, medicação anticoagulante, presença ou não de fibrilhação auricular, hipertensão, síndrome de apneia obstrutiva do sono, hábitos tabágicos, índice de massa corporal e eventos de acidente vascular cerebral, acidente isquémico transitório e/ou enfarte agudo do miocárdio. A análise estatística foi realizada no SPSS®.

Resultados: Numa amostra de 391 utentes, apurou-se uma prevalência de fibrilhação auricular de 16,9% e uma incidência de 5,23% em 6 meses. Dos utentes com fibrilhação auricular, 68,2% está sob anticoagulação, sendo o Rivaroxabano o mais usado: 28,9% de todos os anticoagulantes. Metade dos utentes com esta arritmia são do sexo masculino, 39,4% têm entre 70 a 79 anos, 87,9% têm hipertensão arterial, 25,8% têm obesidade, 10,6% têm síndrome de apneia obstrutiva do sono, 6,1% são fumadores, 4,5% tiveram um acidente vascular cerebral, 4,5% um acidente isquémico transitório e 16,7% um enfarte agudo do miocárdio. Não foram encontradas relações estatisticamente significativas entre fibrilhação auricular e as outras variáveis, exceto a idade e a anticoagulação.

Conclusão: A prevalência de fibrilhação auricular obtida neste estudo é elevada, o que chama à atenção para a necessidade de um diagnóstico precoce pela morbilidade e mortalidade que esta arritmia acarreta e para a importância da prevenção desta mesma, uma vez que muitos dos fatores de risco podem ser controlados e tratados, reforçando o papel dos Cuidados de Saúde Primários nestes.

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Publicado

2022-06-04

Como Citar

1.
de Carvalho Vilarinho MM, de Carvalho Rodrigues M. FIBRILHAÇÃO AURICULAR: INCIDÊNCIA, PREVALÊNCIA E PERCENTAGEM DE HIPOCOAGULADOS NUMA CONSULTA HOSPITALAR DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DO INTERIOR. RH [Internet]. 4 de Junho de 2022 [citado 22 de Dezembro de 2024];(82):16-25. Disponível em: https://revistahipertensao.pt/index.php/rh/article/view/35

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Artigo Original