QUANDO A HIPERTENSÃO “SOPRA” – UM CASO CLÍNICO DE ESTENOSE DA ARTÉRIA RENAL
DOI:
https://doi.org/10.58043/rphrc.91Palavras-chave:
hipertensão arterial, estenose da artéria renal, hipertensão secundáriaResumo
A hipertensão arterial (HTA) secundária, é consequência de doenças potencialmente tratáveis, tem uma prevalência estimada de 5-10% na população1,2,3, e cerca de 85% dos casos ocorre em indivíduos com menos de 40 anos1. As etiologias secundárias mais comuns variam consoante o grupo etário, mas a doença renal parenquimatosa é transversal. A HTA de origem renal pode ser resultante de causas renovasculares (estenose da artéria renal, arterite e compressão extrínseca) ou de doença do parênquima renal.
Apresentamos o caso de um homem de 26 anos, com hábitos tabágicos ativos e diagnóstico de HTA grau 3 em contexto de rastreio laboral, sem sintomatologia associada. Ao exame físico a destacar a presença de um sopro na região lombar esquerda. Apesar do estudo de HTA secundária ter sido inicialmente negativo, a suspeita clínica manteve-se, pelo que foi solicitada angiotomografia axial computorizada abdominal que revelou a presença de estenose unilateral significativa da artéria renal esquerda.
Este caso demonstra a importância da suspeita de hipertensão secundária, mesmo na ausência de sintomas sugestivos. Por ter tratamento, o diagnóstico precoce da estenose da artéria renal irá mudar drasticamente o prognóstico a longo prazo.
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